O famoso jornal The New York Times preparou uma matéria sobre o crescimento da carreira de Rowan, 12 de Outubro de 2016, e nós do RBBR, trouxemos-a traduzida para vocês. Confiram mais fotos na nossa Galeria! Veja a reportagem completa abaixo:
"No teatro Metrograph na menor costa leste de Nova York, Rowan Blanchard usava uma saia plissada de malha sobreposta por uma túnica sem mangas de pregas e robusto sapatos de glitter plataforma de ouro, todos feitos e fornecidos pela casa de moda Kenzo. Segurando um saco de pipoca salgada e um outro saco de peixe sueco, ela se sentou em uma das primeiras fileiras, assim como a exibição de um filme, ela apareceu em estava prestes a começar.
Srta. Blanchard, a estrela de 14 anos do show do Disney Channel "Girl Meets World", uma comédia vinda sobre um grupo de adolescentes amigos em Nova York, tinha chegado à costa leste para celebrar o seu envolvimento em uma distinta produção da Disney: "O Realest Real", um curta-metragem de seis minutos escrito e dirigido por Carrie Brownstein da fama "Portlandia". É produzido, em parte, por Kenzo e mostra atores como Natasha Lyonne e Mahershala Ali.
Ela também tinha vindo para a Semana de Moda de New York, onde a imprensa ungiu (como Vanity Fair e a revista New York tinha feito em Setembro) a nova face de um conjunto criativo povoada por jovens mulheres como Tavi Gevinson.
Srta. Blanchard é muito jovem para uma licença de aprendizagem de condução (ela faz 15 anos esta semana), mas ela tem 4,5 milhões de seguidores no Instagram e quase meio milhão no Twitter. Enquanto muitos jovens celebridades usam as mídias sociais para retratar uma imagem de baunilha em busca do sucesso mainstream, Srta. Blanchard está fazendo o oposto. Ela se baseia em meios de comunicação social para apresentar-se como peculiar, politicamente consciente e uma feminista.
No Twitter, ela promoveu um episódio recente de "Girl Meets World" como este: "(! Suspiro). EP tn de GMW falamos sobre como há um mundo fora da América e valorização cultural, em vez de apropriação cultural :)" Ela se identifica como estranha, ela disse, não porque ela necessariamente gay ou bissexual, mas porque ela não necessariamente não é.
Esta semana ela estava em Washington para comemorar o Dia da Gatora e publicou no Instagram uma fotografia dela com Michelle Obama.
Nada disto é tarifa normal para uma garota da Disney, como Srta. Blanchard está bem ciente. "Eu estaria mentindo para você se eu lhe dissesse que estar na Disney não era assustador por causa da conotação de que: 'Oh, ela está na Disney. Será que ela vai ser uma Miley, a Demi ou a Selena? "Nenhuma dessas pessoas têm nada a ver com qualquer um de nós", disse ela de si mesma e seus colegas de elenco, que incluem Sabrina Carpenter, uma musica e atriz, que também está em seu caminho para o sucesso pós Disney.
Na Semana de Moda de New York, ela se sentou na primeira fila do show de treinador e tinha sido convidada a participar do Rodarte. Mas eles tiveram lugar no mesmo dia, e ela já tinha prometido sentar no treinador no seu atendimento exclusivo para o dia. Desfilando no Rodarte "era uma espécie de devastadora, mas justo o suficiente", disse Blanchard. "Há problemas piores do mundo."
Ela também participou de uma apresentação feita pela Cerimónia de Abertura, mais um concurso de desfile de moda. Junto com Rashida Jones, Whoopi Goldberg e outros, ela entrou no palco vestida com roupas pela Cerimônia de Abertura e foi entrevistada pelo Sra. Brownstein e Fred Armisen, outro dos criadores de "Portlandia". Quando Sra. Brownstein perguntou a Srta. Blanchard como o feminismo poderia tornar-se mais inclusivo, o Sr. Armisen canalizou com um comentário. Srta. Blanchard interrompida repreendeu-o por ser "um homem que fala sobre uma mulher."
"Ela é como Margaret Mead em um corpo de 14 anos de idade", disse Michael Jacobs, criador de "Boy Meets World" e "Girl Meets World".
Como o transporte para a festa Kenzo, um microônibus Mercedes com motorista estacionou no meio-fio do Hotel Nomo, no Soho, onde ela e sua mãe, Elizabeth Blanchard, estavam hospedadas. A mãe dela, um estilista e um publicitário foram nos assentos de passageiros como Srta. Blanchard foi no banco da frente.
Ela gosta de observar o cenário da moda em pequenas doses. Puxando-se ao teatro, ela pulou para fora do ônibus em primeiro lugar. Ela tinha visto Petra Collins, 23, uma fotógrafa que tinha agarrado Srta. Blanchard para uma capa da revista Wonderland. Ela correu pela rua e abraçou Sra. Collins antes de sua comitiva de adultos pudessem mexer para fora da van.
Por um momento, ela era quase uma adolescente sendo deixada no cinema por sua mãe para se encontrar com amigos.
"Mesmo que às vezes eu esqueça que ela só tem 14 anos", disse sua mãe mais tarde. (Sra Blanchard é uma instrutora de ioga e uma mãe de três, que faz malabarismos as exigências da vida familiar normal, juntamente com os de uma filha adolescente que é convidada para 50ª festa de aniversário de Salma Hayek).
A exibição de "The Realest Real" foi por muitas definições um espetáculo: O lobby e mezanino cheio de pessoas que parecia que poderia aparecer em "rodas dentadas," a maioria dos quais muito provavelmente eram jovens demais para entender a referência. O salão de festas no andar de cima foi decorado com grande pé nos polegares dos emojis do Facebook e nos corações do Instagram.
A principal trama envolve Sr. Ali, como o diretor do "Instituto do real e a realmente real" avaliando tudo o que uma jovem mulher (interpretada por Laura Harrier) postou na mídia social, cada último comentário e "como" representado por uma pilha-à-teto de papel ( "nuvem", o personagem de Sr. Ali diz).
Srta. Blanchard fez a assistente do diretor do instituto, um pequeno papel que lhe proporciona a linha chave do filme. Na liderança Sra. Harrier no escritório do Sr. Ali, Srta. Blanchard pergunta se ela gostaria de um grupo de seus seguidores on-line para se juntar a ela no quarto "para que você possa dizer como você está agindo?"
O script ressoou com Srta. Blanchard, que tem aulas do ensino médio on-line e é tutelada no set do show quando as filmagens. "É quase assustador como você pode criar uma personagem no Instagram ou Twitter", disse ela. "Mesmo se você não está deliberadamente querendo criar uma personagem, você ainda está fazendo isso."
Tem sido sempre um monte de pressão para ser uma estrela infantil, perdendo os rituais de socialização (para melhor ou pior) e a chamada adolescência normal. Mas, para ter 14 e ter milhões de seguidores pode evocar em particular angústia.
A noite ela voltou para Los Angeles após a semana de moda de visita, por exemplo, Srta. Blanchard participou do concerto "Formação Tour Mundial" de Beyoncé no Dodger Stadium.
"Eu amo Beyoncé, eu a amo tanto", ela disse, explicando porque ela cortou o viagem a Nova York, a fim de participar. (Sua bio no Instagram é: "Amante de Harry Potter, chocolate e Beyoncé.")
Srta. Blanchard enviou para Instagram uma foto de sua estadia de vista que mostra a superstar da música de trás, ampliado em uma tela gigante com um cenário gráfico com as palavras "Vadia Má."
Sua legenda era puro fangirl: "OHGOD", com lotes de letras extras para amplificar o ponto. Em meio aos 100.000 likes e 780 comentários e todos os "YASSSSSS" e "Rowan eu amo vc, tanto quanto o retorno do amor da beyonce" o que gerou foram comentários criticando-a por postar uma imagem com um palavrão. "Você não deveria estar no canal Disney", disse um deles, e outra castigou-a por usar de uma palavra frequentemente utilizada para humilhar as mulheres.
Eventualmente, Srta. Blanchard entrou na conversa, escrevendo em parte, "O termo 'vadia' é reivindicada pela cultura queer e é realmente um termo carinhoso."
Esta é apenas uma noite, apenas um posto de mídia social na vida de uma estrela jovem. E é parte do show.
"Este fator simpatia, o fator relatabilidade, é uma exigência de ser uma atriz infantil", disse Brownstein, que lançou Srta. Blanchard em sua curta-metragem depois de tomar conhecimento dela, naturalmente, em mídia social. "Ela costumava ser, você poderia ser simpática no tapete vermelho. Agora você precisa ser simpático 24 horas por dia e 7 dias por semana", acrescentou. "Para ser alguém que está tentando ser muito porosa e sensível, que é uma coisa complicada de fazer em mídia social."
O ciclo de realimentação dos meios de comunicação social podem se infiltrar na vida real. "Eu encontrei-me não sendo capaz de colocar algo no meu diário sem pensar, 'Talvez se isso foi bom o suficiente, eu vou publicá-lo'", disse Blanchard. Ela sabe que isso não é o ideal. "Este é o meu diário!", Ela disse, explicando que ela odeia a sensação de que tudo o que ela faz é para uma audiência. No entanto, ela está escrevendo um livro para Penguin Young Readers que irá, de fato, incluir algumas das suas entradas de diário.
No inverno passado, ela falou em uma conferência e escreveu um post no Instagram sobre sua luta contra a depressão, dizendo: "Eu aprendi este ano que a felicidade e tristeza não são mutuamente exclusivas." Em outubro passado, um professor em seu conjunto a Disney morreu de repente, e ele desencadeou um monte de tristeza.
Ela lida, em tese, com uma versão pública do que muitos jovens enfrentam em seus anos de ensino fundamental e médio. Alguns, disse, comentaram: "O que essa garota sabe sobre a depressão?" Levou tempo para desligar suas emoções a partir da resposta de estranhos, dizendo a si mesma: "Rowan, você não deveria ter que defender sua depressão para obtê-la validada por alguém profundamente na internet ", disse ela.
Parte de sua solução foi criar uma conta privada no Instagram onde ela pode expressar-se abertamente a um grupo muito menor. Para as jovens estrelas, este é um bom substituto para uma festa do pijama à moda antiga ou uma panelinha de BFFs. "É a coisa mais próxima que eu acho que vou sentir de ir para uma escola regular e compartilhar coisas pessoais com os amigos", disse ela.
Mas apenas algumas semanas depois, ela postou em seu Instagram público representando uma imagem dela e de sua melhor amiga na vida real, Raegan. "Você está sempre lá para mim, não importa o quão louca eu chegue a ser e eu te amo tanto", escreveu ela, acrescentando algumas dezenas de emoticons, assim como uma obrigação de 14 anos de idade."
Crétidos: The New York Times
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